Sancionada na quinta-feira (8) pelo Governo Federal, a Nova Lei do Gás já está atraindo investimentos para o Norte Fluminense. A previsão é de que os investimentos transformem a região em um polo de gás natural, não só do Estado do Rio, mas de todo o Brasil.
Três multinacionais, incluindo a Petrobras, anunciaram a instalação de uma plataforma no pré-sal da Bacia de Campos, que terá gasodutos interligados ao Terminal Cabiúnas, em Macaé e ao Porto do Açu, em São João da Barra que busca licenciamento ambiental para a construção de um novo gasoduto para atender a usina termelétrica GNA II.
O estudo da Firjan “Rio a Todo Gás”, divulgado no ano passado, destacou o potencial de expansão de demanda no estado fluminense. A previsão é de investimentos de R$ 45 bilhões para o Estado do Rio. O Porto do Açu, por exemplo, poderá atrair uma diversidade de novas empresas.
Insumo para novas termelétricas, como as instaladas no Porto do Açu e também em Macaé, o gás pode ser utilizado em siderúrgicas, plantas petroquímicas, usinas de fertilizantes, na expansão do GNV em veículos pesados como caminhões e ônibus, além de indústrias de vidro, cerâmica e sal, criando uma demanda para o mercado do gás.
“Tudo isso confirma as previsões e os estudos da Firjan, no sentido de que o Marco Legal do Gás poderá ressignificar o Norte Fluminense. Temos petróleo, gás e um grande potencial em energia eólica e solar, capazes de consolidar a região como um grande polo de energia do estado e do país”, disse o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.
O investimento no pré-sal da Bacia de Campos será feito pela Equinor em conjunto com a Petrobras e a Repsol Sinopec Brasil, consórcio do bloco BM-C-33, a 200 quilômetros da costa norte fluminense.
A expectativa é de que sejam gerados 20 mil empregos diretos e 10 mil na fase de operação da infraestrutura, como gasodutos, terminais de GNL e UGPN. Além de empregos o gás pode também gerar royalties. Cada 1 milhão de metros cúbicos/dia consumidos pelas indústrias do Rio de Janeiro gera R$ 60 milhões de ICMS e R$ 20 milhões em royalties e participações especiais.